Revisto em 23/Chodesh Harevi’i/5775
Apocalipse
Embora seja um livro rico em símbolos, ele é de fácil compreensão bastando para isso conhecer o significado de seus símbolos; o significado dos mesmos pode ser encontrado nos demais livros das Escrituras (Velho Testamento).
Dentre os diversos símbolos que o Eterno se serviu para representar reinos e mesmo poderosos impérios, destacamos os seguintes:
Lições contidas no capítulo doze do livro "Apocalipse".
Entendendo Apocalipse 12
Aplicando o significado obtido sobre os símbolos contidos nas Escrituras do Velho Testamento ao capítulo 12 do livro Apocalipse, podemos verificar que:
Apocalipse 12:1-2.
Apocalipse 12:3.
Apocalipse 12:4.
Ao comparar o animal mencionado em Dn 7:7 com o animal mencionado em Ap 12:3, podemos verificar uma grande semelhança entre ambos, simbolizando portanto um mesmo reino, o Império Romano, onde os dez chifres e as sete cabeças correspondem aos reinos que se tornaram submissos a Roma por meio de combates ou aliança política.
Para uma melhor compreensão façamos a seguinte analogia:
Daniel 7:7
Apocalipse 12:3
As semelhanças encontradas são as seguintes:
Conclusão:
O detalhe apresentado em Ap 12:4 e não mencionado em Dn 7, é que satanás através do Império Romano (simbolizado pelo dragão), estaria exercendo seu domínio sobre o reino de Judá (simbolizado pela mulher grávida com ânsias de dar a luz) exatamente ao final das sessenta e duas semanas, tempo este estabelecido pelo Eterno quando então todos os anjos deveriam reconhecer a autoridade do Anjo do Senhor a quem Ele ungiu sobre todos os demais, e como príncipe sobre o reino de Israel Ex 23:20-21. No entanto como sinal de seu questionamento à soberania do Eterno, satanás rejeitou a autoridade do cordeiro (anjo do concerto) procurando também destruir o povo a quem Ele constituiu como Sua testemunha. Que satanás não seria bem sucedido é apresentado na mesma profecia onde esta escrito que o Ungido retornaria para junto do Eterno Ap 12:5; Sl 110:1, e a mulher que o gerou (Israel) seria exilada de seu território Ap 12:6.
Ao ler o comentário acima pode surgir a seguinte pergunta:
Retornando ao livro de Daniel capítulo dez, e em especial o verso treze, observamos que são os anjos rebeldes que estão por trás dos governantes deste mundo se opondo aos desígnios do Eterno. Portanto, da mesma forma Ap 12:1 – 6 nos apresenta simbolicamente através da investida do império romano sobre os judeus como satanás procuraria destruir o ungido após o seu reconhecimento por parte das hostes celestiais.
O Que Foi a Batalha no Céu e Quais as Suas Implicações ? (Ap. 12:7)
Antes de responder a esta pergunta precisamos entender o verdadeiro significado das seguintes expressões: 'Sangue do Cordeiro' e 'Sangue de Jesus'
“Sangue do Cordeiro”
Não devemos de maneira alguma confundir a expressão “Sangue do Cordeiro" com "Sangue de Jesus"; uma aborda simbolismo e a outra fato literal.
Isso nos faz lembrar o incidente mencionado em Gn. 4:10, onde esta escrito que o “Sangue” de Abel clamava ao Eterno desde a terra, e em Ap 5:9-10 as almas dos que estavam debaixo do altar (sangue - Lv 4:30) também clamavam e que deve ser entendido como a Lei estabelecida pelo Eterno clamando para que seja feita justiça (executada a sentença) sobre aquele que a transgrediu.
Precisamos entender que o “Sangue de Jesus” derramado no Calvário significa um homicídio para o qual a Lei estabelecida pelo Eterno requer que seja executada a sentença relativa a essa violação conforme determinada em Nm.35:33.
Para entender esse evento, precisamos compreender que a vitória de Miguel e Seus anjos, sobre o dragão e seus anjos, foi adquirida pelo sangue do Cordeiro, o que nos remonta ao ritual da páscoa, que tem por significado o reconhecimento da autoridade outorgada pelo Eterno ao anjo do concerto e o testemunho dos fies (Ap 12:11). Precisamos também compreender os acontecimentos que se seguiram a essa vitória.
Após a vitória de Miguel e Seus anjos, se sucederam os seguintes acontecimentos muito significativos:
Analisando o segundo item acima mencionado, podemos calcular aproximadamente a época em que satanás e seus anjos foram expulsos dos Céus, pois, se o motivo de sua derrota e consequente expulsão foi rejeitar o sangue do Cordeiro, ou seja, não reconhecer a autoridade do Eterno conferida ao Anjo do Concerto (Miguel), fica bem claro que eles só foram expulsos algum tempo após o final das setenta semanas mencionadas em Dn 9:24.
Ap 5:1-14 apresenta outros detalhes sobre o mesmo acontecimento relatado em Ap 12:7-11. Observamos em Ap 5, que nas mãos do Deus eterno havia um livro selado que ninguém podia tocar e nem mesmo olhar [é interessante e mesmo difícil de entender, porque nem mesmo o anjo do concerto teve acesso a este livro antes de se tornar um vitorioso].
João chorava porque ninguém podia abrir o livro quando um dos anciãos o consolou dizendo para que não mais chorasse pois alguém já havia vencido, e por isso poderia abrir o livro. Esse alguém era o Leão da Tribo de Judá, a Raiz de Davi.
Quando João olhou para ver quem era esse vencedor, viu um Cordeiro como havendo sido morto “consagrado” [(Ap 5:9) o imolar o cordeiro no ritual da páscoa era um ato de consagração] que se dirigiu ao Deus eterno e Este Lhe entregou o livro selado.
Com o exposto acima, podemos compreender que Apocalipse 5 relata com detalhes os acontecimentos após a guerra no Céu mencionada no capítulo 12:7.
Que Ap 5 retrata o mesmo acontecimento de Ap 12:7-12, é evidente pois em ambos os casos, a vitória foi decidida pelo sangue do Cordeiro (reconhecimento da autoridade do Eterno conferida ao Anjo do Concerto), e em ambos os capítulos, o Ungido só foi aclamado após o referido reconhecimento por parte da hoste celestial.
Daniel capítulo sete apresenta o mesmo assunto com outros detalhes; aqui podemos compreender que a guerra que houve no Céu, foi o julgamento dos seres celestiais que se rebelaram contra soberania do Deus eterno ao rejeitar a autoridade outorgada ao anjo do concerto, julgamento este onde foi esclarecido os motivos que ocasionaram esta rebelião por parte de satanás e sua hoste. O interessante é que Daniel relata o período da história humana em que se iniciou este julgamento nos Céus; analisemos o seguinte texto:
Que Dn 7:9,10,13-14 se refere à Guerra no Céu mencionada em Ap 12:7, e considerada também em Ap 5, é muito evidente, pois nas cenas (juízo) descritas por Daniel, ele escreveu nos vs 13-14 que um semelhante ao Filho do Homem, (Ungido), aproximou-se do Ancião de Dias (o Deus eterno) que se encontra assentado sobre o trono, e então foi investido de honra, poder e glória, uma cena muito semelhante à descrita em Ap 5:6-14, quando o Cordeiro (Ungido) se dirige ao Ancião, (Deus eterno), para receber o livro selado, quando então é investido de honra e poder, sendo aclamado por todos os seres celestiais. Portanto, Dn 7:9,10,13-14; Ap 5:1-14; e Ap 12:7-12, se referem a um mesmo acontecimento.
Analisando o comentário de Apocalipse 12, poderá surgir a seguinte pergunta:
"Você quer que eu acredite que satanás e seus anjos só foram expulsos dos Céus após o ano 1798 EC ?"
Analisando Ap 12:6, aprendemos que após a ascensão do Ungido, a mulher que Lhe dera a luz (Nação de Israel), seria exilada de seu território e em Ap 12:13-14, é ensinado que esta mesma mulher, só retornaria de seu exílio após a expulsão de satanás e seus anjos do Céu.
O retorno da mulher (Israel) para o seu antigo território (Palestina), foi ocasionado devido ao ódio de satanás contra ela em virtude de ter sido expulso do Céu por seu testemunho da fidelidade, justiça e misericórdia do Deus eterno em contraste com a desgraça e injustiça proveniente da rebeldia de satanás e seus anjos, ódio este que se intensificou através da Alemanha em torno do século XIX EC, culminando no século XX EC, com o holocausto nazista onde pereceram mais de seis milhões de judeus (Israelitas) simplesmente por serem judeus.
Fato histórico e humanamente inexplicável, foi como a Alemanha se levantou contra os judeus (Israelitas) por volta do século XIX EC, e que culminou no século XX EC através do nazismo que se lançou sobre os judeus (mulher de Ap 12) com ódio voraz a fim de desarraiga-los da Europa e da face da terra, exterminando mais de seis milhões. A própria história testifica que devido ao Holocausto, se fez necessário a criação de um Estado Judeu; e, em cumprimento de Ap 12:14 e Ez 37:9-12, ressurgiu a NAÇÃO DE ISRAEL, em seu antigo território, de onde foram exilados pelo Império Romano após o ano 135 EC.
Conclusão Final:
Ap 12:17 nos mostra que satanás não conseguindo destruir a mulher, (Israel), permaneceu irado contra ela, e estendeu sua perseguição aos seus descendentes que guardam os mandamentos do Eterno e o Testemunho dos profetas II Cr 20:20. Esta é a razão por que no meio evangélico prevalece tanta discórdia, corrupção e frieza espiritual.
...................................................................................................................................................................................................
PARA REFLEXÃO:
Comparar o texto a seguir com Apocalipse 12:14.
Comparar o texto a seguir com Apocalipse 12:14.
Comparar o texto a seguir com Apocalipse 12:14.
Comparar o texto a seguir com Apocalipse 12:13.
Comparar o texto a seguir com Apocalipse 12:13.
Comparar o texto a seguir com Ezequiel 37:9-10.
Shalom.
C.O/mai-2013
Considerando Daniel capítulos 2, 7 e 8.
Daniel 2:29-45
Nesse texto o Eterno através do sonho do rei Nabucodonosor revelou ao profeta Daniel o surgimento dos seguintes reinos (cinco reinos) que se levantariam sobre a terra:
Daniel 2:36-38
Daniel 2:39 pp
Daniel 2:39 up
Daniel 2:40
Daniel 2:41-43
Daniel 2:44-45
Daniel 7:1-26
No capítulo sete do livro do profeta Daniel o Eterno repete o surgimento dos quatro impérios universal que foram apresentados no capítulo dois porém utilizando outros símbolos para representá-los; vejamos:
Daniel 7:4 e 17
Daniel 7:5 e 17
Daniel 7:6 e 17
Daniel 7:7 e 17
Daniel 7:8
Daniel 8
Este capítulo trata-se de uma repetição de parte do capítulo dois e sete do livro do profeta Daniel, revelando através do mesmo o surgimento do segundo, terceiro e quarto império universal.
Daniel 8:3-4 e 20
Daniel 8:5-8 e 21-22
Daniel 8:9-12 e 23-25
O capítulo doze do livro de Apocalipse apresenta o dragão com as seguintes características:
Desenvolvido por Webnode