Sendo o cristianismo uma religião que se originou com o povo judeu tendo como objetivo a conversão de todos os povos, podemos observar neste capítulo como o autor do livro Apocalipse procurou unir a mitologia greco-romana com as Escrituras Hebraica ao colocar na Nova Jerusalém que desceu dos céus um rio cuja água tinha propriedade de perpetuar a vida. Sabemos que a Escritura Hebraica ensina apenas a árvore da vida com essa propriedade, e a mesma possuindo apenas um tronco Gn 2:9; 3:22-24, e o livro dos vivos (livro onde está escrito o nome de todos os justos que terão direito a viver eternamente Ex 32:32-33; Sl 69:28) mas não há nenhum relato sobre um rio de água da vida, tal ensino foi baseado no rio da imortalidade, rio Estige, que se encontrava no Campos Elíseos, o paraíso na mitologia grega cujas características também foram utilizada pelo autor do livro Apocalipse para ilustrar o paraíso cristão para onde segundo a doutrina cristã viverão eternamente os salvos por Jesus. A descrição de como viverão os salvos na Nova Jerusalém assemelha-se em muito a descrição do Campos Elíseos, o paraíso na mitologia grega, como também o paraíso descrito no livro dos mortos da cultura egípcia, e com certeza foi acrescentado na descrição da Nova Jerusalém para que os gentios pudessem se identificar melhor com a doutrina cristã.
Ao estudar o vs 14 foi observado que o termo “lavado no sangue do cordeiro” foi acrescentado posteriormente para dar ênfase ao ensino da morte vicária do Deus dos cristãos, pratica essa baseada no ritual pagão onde a iniciação de um converso era feita com o banhar-se com o sangue de um animal que era sacrificado.
O texto de Ap 22:18-19 embora seja baseado em Dt 4:2, é antagônico ao mesmo pois tanto acrescentou como retirou ensinamentos contidos na Torah como os que já foram considerados nos capítulos já estudados.
Conclusão:
Shalom!
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