Revisado em Chodesh Há'Asiri - 10º Mês - 5777
Certa ocasião foi feito o seguinte comentário:
Em resposta a esta consideração temos a mencionar que foi através de um ensino legado pela ICAR ao cristianismo, que a igreja cristã passou a ser considerada como o centro dos acontecimentos proféticos relativos aos últimos dias. No entanto como esse ensino não possui nenhum fundamento nas Escrituras Hebraica (Velho Testamento), a única coisa que realizamos e poderá ser confirmado por qualquer leitor, foi retirar o ensino legado pela ICAR ao cristianismo (a igreja é o novo povo do Eterno em substituição a Israel que foi rejeitado), e recolocar Israel na posição designada pelo Eterno.
Que parte desempenhará a Nação de Israel nos últimos dias da história deste mundo?
* Segundo as Escrituras a apresentação do conhecimento do Eterno, o único Deus verdadeiro, foi confiada a Israel, e de acordo com as profecias deverá ser concluída por Israel.
Considerando textos bíblico que ajudam na compreensão da origem de Israel.
Gn 12:1-3
Gn 12:7
Gn 13:14-18
Gn 15:16
Gn 21:12
Gn 22:15-19
Gn 26:1-5 e 24
Gn 28:10-17
Gn 35:9-15
Gn 48:3-4
Ex 6:2-8
* Após retirar Israel do Egito, o Eterno ensinou-lhe Sua lei e estatutos, como também lhe deu a responsabilidade de construír um tabernáculo, e oficiar as cerimônias relacionadas com o mesmo, a fim de que fosse um exemplo, influência e benção para todas as nações, ensinando-as assim adorar ao Deus de Abraão, Isaque e Jacó, o Deus verdadeiro.
Ex 12:43-48
Ex 32:11-13
Dt 9:4-6
Dt 30:1-14
Dt 32:43
IICr 7:14
Am 3:1-2; Ex 6:2-8
Ex 19:5-6
II Cr 7:20
Dn 9:15
A Nação de Israel
Consideraremos agora, algumas profecias bíblica que se encontram no livro de Ezequiel, lembrando no entanto, que outros profetas também falaram sobre o mesmo assunto.
Na leitura de Ez 36:20-38, podemos perceber claramente que o Eterno está assumindo novamente a direção (governo) da nação de Israel (Seu povo escolhido), assim como nos primeiros dias quando ainda não existiam reis sobre ela. Este ato divino também é ilustrado em Ap 11:15-19.
Nos versículos de Ezequiel acima citados, aprendemos que o Eterno intervirá a favor de Israel como nos dias do cativeiro egípcio, quando o povo não andava nos Seus caminhos, e nem O conheciam mais como seus pais O haviam conhecido; quando por amor ao Seu nome, e pelas promessas feitas a Abraão, Isaque e Jacó, livrou-os com mão forte e poderosa, ensinou-lhes Suas Leis e Estatutos os quais deveriam observar, e em seguida os introduziu na terra prometida aos patriarcas, com o objetivo de que transmitissem o Seu conhecimento a todos os povos.
No capítulo trinta e sete do livro de Ezequiel, há uma repetição com maiores detalhes do que foi profetizado no capítulo trinta e seis. O Eterno é bem claro ao afirmar que tornará a trazer para o território de Canaã, que atualmente vem sendo ocupado por outras nações, todas as doze tribos, e que o retorno e organização da nação em seu antigo território, se dará por etapas, uma coisa de cada vez, assim como foi ilustrada na visão do vale de ossos secos. Este evento também foi ilustrado em Ap 12:13-14.
Analisando Ez 37:7-8 podemos concluir que o mesmo significa um movimento mundial do povo judeu visando sua organização. Isto realmente ocorreu entre o povo judeu e teve um grande impulso com o movimento sionista que pouco a pouco foi ganhando forma e organização como podemos verificar nos relatos históricos dos séculos XIX e XX EC. Como exemplo, destacamos o 1º Congresso Sionista realizado em 29/08/1897. "Livro 'História dos Judeus' - 4ª Edição, pág. 398"
Analisando Ez 37:9, e considerando que o termo vento em profecias signifique conflitos, este verso pode bem significar que o povo de Israel só alcançaria sua independência devido a um conflito mundial, o que a história confirma, pois a nação de Israel surgiu (proclamou a sua independência em 1948), após as duas grandes guerras mundial onde foram praticadas diversas atrocidades contra o povo judeu, como a própria história testifica.
Analisando Ez 37:13-14, podemos compreender claramente que o povo de Israel irá reconhecer a direção do Eterno, somente após eles serem estabelecidos em seu antigo território, o que ainda não foi completado.
A partir do capítulo trinta e oito do livro de Ezequiel, o profeta começa descrever os detalhes da maneira pela qual o Eterno vindicará o Seu santo nome, ato esse profetizado em Ez 36:23,33 e 36
Ez 38:16, indica o período da história em que esse evento deverá ocorrer:
É interessante observar que a maneira pela qual o Eterno irá livrar Israel se encontra registrada em Ez 38:18-23, e se assemelha em muito com as características da 7ª Trombeta citadas em Ap 11:15-19, e o 7º Flagelo citado em Ap 16:17-21; façamos as seguintes analogias:
Após a intervenção divina em favor de Seu povo, o Eterno será reconhecido aos olhos de muitas nações. Isto nos da a entender que ainda haverá nações que, mesmo tendo presenciado estes acontecimentos, não crerão n'Ele, ou mesmo terão sido extintas. Ez 38:23.
O capítulo trinta e nove do livro de Ezequiel acrescenta mais detalhes de como se dará o livramento de Israel por parte do Deus eterno; no versículo oito, o Eterno enfatiza que o que está profetizado se cumprirá, e que esse dia é o Seu grande dia, o dia que Ele tem falado.
Esse dia mencionado em Ez 39:8, apresenta muita semelhança com o dia mencionado em Ez 38:18; 39:21-22; Jl 2:11; Ap 11:18; e 16:14.
Que o Eterno não rejeitou o Seu povo (Israel), é bem claro nestes capítulos, como também em muitas outras profecias das Escrituras, assim como também é bem claro que o Eterno usará novamente o Seu povo para finalizar a obra de pregação do evangelho, preparando dessa forma o mundo para o cumprimento das profecias simbolizadas pelas Festas Fixas do Senhor, realizadas no sétimo mês do calendário judaico.
Algo bem interessante e que vem de encontro a certas tradições teológica, é que a intervenção divina em favor de Israel, se assemelha em muito com as características da Sétima Trombeta mencionada no capítulo onze do livro de Apocalipse, e o Sétimo Flagelo mencionado no capítulo dezesseis do mesmo livro, que muitos teólogos cristãos aplicam para o momento da volta de seu Messias, mas na verdade o estudo das mesmas profecias em conexão com as de Zacarias e Ezequiel, nos dão a entender que aqueles eventos corresponde ao juízo que o Eterno trará sobre as nações que se levantarem contra Seu povo (Israel) e que as preparará para o cumprimento das profecias prefigurada pela Festa dos Tabernáculos que se dará realmente alguns anos após o derramamento do Sétimo Flagelo.
Em Ez 36:23-31, é ensinado que somente após a intervenção do Eterno em favor de Israel, eles O reconhecerão como o Seu Deus, e as demais nações compreenderão o papel de Israel nos planos do Eterno para os últimos dias.
A verdade é que não há nenhum fundamento bíblico para essa crença, mas sim tradições teológicas que começaram ganhar força após a morte dos pais da igreja cristã primitiva, pois como podemos observar, os próprios apóstolos não criam e nem ensinavam tais coisas.
A própria história do cristianismo primitivo testifica em favor do povo de Israel, vejamos:
Por esta e várias outras razões bíblica, concluímos que a obra de disseminação do conhecimento do Eterno esteve a cargo de Israel no passado, e permanece com Israel nos dias atuais, pois este foi o concerto estabelecido pelo Eterno com Abraão, Isaque e Jacó no passado, e o Eterno, não muda.
Como surgiu essa crença e comportamento da Igreja Cristã em relação a Israel ?
A história da queda do Estado de Israel nos ajuda bastante a compreender algo sobre a separação da igreja Judaico-Cristã e a igreja Cristã-Helênica (gentílica) como podemos verificar nos parágrafos seguintes:
Como se pode observar nos comentários acima, a tarefa de pregação do evangelho a todas as nações, estava nas mãos do povo de Israel, conforme profetizado a muitos anos atrás. Após o ano 70 EC, devido a destruição de Jerusalém, e consequentemente da igreja judaico-cristã, a igreja cristã-helênica (gentílica), tomou para si esta responsabilidade, e com isso, introduziu novas crenças que levaram os judeus e cristãos se distanciarem entre si. Com o decorrer dos anos, outros ensinos foram acrescentados, causando posteriormente múltiplas divisões na própria igreja cristã-helênica.
Dai para diante, a separação entre a igreja cristã e os judeus, foi ficando mais e mais acentuada devido as acusações, perseguições, e o surgimento de novos ensinamentos criado pela igreja.
Um detalhe muito importante, é que como os judeus se tornaram inimigos declarados de Roma, eles se tornaram impopulares, e dessa forma, a própria igreja provavelmente tenha procurado se desvincular dos judeus, para não ser acusada de cooperar com os inimigos do Império. A própria história testifica também que a igreja cristã promoveu diversos slogans e massacres contra os judeus.
Nenhum texto no Novo Testamento descarta Israel dos planos divino; existem sim diversos textos que o colocam como sendo a cabeça na disseminação do conhecimento do Deus eterno aos gentios. Portanto, de acordo com diversas profecias, o Eterno há de restaurar novamente esta nação com o objetivo de que ela possa cumprir seu propósito anunciado há muitos séculos pelos profetas.
Dizer que Israel rejeitou Jesus não tem nenhuma base bíblica, Israel simplesmente não reconhece Jesus como Messias e muito menos um ser divino como observamos nos parágrafos acima. Confirmando isso temos o apóstolo Tiago endereçando sua epistola (Tg 1:1-4), aos conversos das doze tribos de Israel que se encontravam na dispersão; o apóstolo Pedro também endereçou a sua epistola (I Pe 1:1-2), aos israelitas conversos que se encontravam nas seguintes cidades: Ponto, Galácia, Capadócia, Asia, e Bitínia. Nesta mesma epístola, ele declara que eles são raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva do Eterno. I Pe 2:9.
O próprio apóstolo Paulo em sua carta aos Gálatas, Gl 2;1-10, declara que ele foi consagrado para pregar o evangelho aos gentios, da mesma forma que Tiago, Cefas e João para os da circuncisão (israelitas).
Com tudo o que acabamos de ver nos parágrafos acima, permanece uma interrogação: de onde advêm a crença de que os israelitas foram rejeitados pelo Eterno?
A única resposta que encontramos no momento, é que a igreja cristã herdou algumas tradições humana que surgiram após a morte dos primitivos cristãos, e como exemplo podemos citar uma declaração de Santo Agostinho:
* Com esta pesquisa que acabamos de considerar, podemos perceber que o Eterno não rejeitou a Nação de Israel, mas sim que ela ainda irá desempenhar um papel chave na terminação da obra de pregação do evangelho, pois o Eterno, nosso Deus, não muda. Nm 23:19; Ml 3:6; I Ts 5:20-21; Tt 1:2; Tg 1:17.
Referência:
Livro
* "História dos Judeus"
* Autor Paul Johnson * Tradução de Carlos Alberto Pavanelli * Rio de Janeiro: Imago Editora 1989.
* (1)"História dos Judeus" página 146
* (2)"História dos Judeus" página 147
* (3)"História dos Judeus" página 149
* (4)"História dos Judeus" página 150
* (5)"História dos Judeus" página 167
Shalom !
H.S. 01/12/2013
O que significa a expressão “Santos do Altíssimo” em Daniel capítulo sete ?
Re:
Em todo Velho Testamento (Escritura Hebraica) onde for encontrada a expressão “povo santo” ela estará se referindo ao povo judeu (Israel).
Essa errônea compreensão tem ocasionado uma distorção na interpretação dos eventos proféticos para estes últimos dias conduzindo muitos (todos que assimilarem tal doutrina) para destruição. Is 9:16.
Textos apresentados no livro de Daniel que apontam para o povo judeu (Israel).
Daniel 7:25
Daniel 7:27
Daniel 8:24
Daniel 9:1-27
Textos que refutam a tradição cristã sobre a rejeição de Israel.
Êxodo 22:31; 29:42-43; 31:12-13.
Deuteronômio 4:34-40; 7:6-11.
Jeremias 31:35-36.
Ezequiel 36:16-38.
Shalom!
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