São as interpretações de profecias alusiva aos últimos dias apresentadas pelos autores do Novo Testamento irrefutáveis ?
Muitos são os ensinos que as igrejas evangélicas receberam como herança da ICAR com os quais formaram os alicerces e colunas que dão sustentação a muitas doutrinas fundamentais nas diversas denominações que surgiram com a Reforma Protestante.
Ao canonizar os autores do Novo Testamento (lembrando que existem estudos que mostram os quatro evangelhos atribuídos a Mateus, Marcos, Lucas e João como não sendo escritos pelos mesmos), a ICAR colocou seus escritos na condição de irrefutáveis e inquestionáveis, cabendo a cada cristão acatar os mesmos como sendo a própria voz do Eterno por eles revelada.
Os autores do Novo Testamento por terem sido canonizado, os teólogos cristãos colocaram seus ensinos nos quais estão incluídas interpretações pessoal de algumas profecias, como ensinamentos inquestionáveis devendo ser acatados por todos como sendo a revelação do próprio Deus a eles concedida.
Confirmando o que mencionamos acima, encontramos em Dn 12:4, 10 um anjo do Eterno mencionando para Daniel que o conhecimento das profecias referente aos últimos dias ali relatadas, só seriam compreendidas no final dos tempos.
Nos dias atuais com o conhecimento obtido no estudo das Escrituras tendo como base diversas profecias que tiveram seu cumprimento ao longo dos séculos, podemos compreender porque o anjo mencionou que as profecias referente aos últimos dias só seriam compreendidas nos últimos dias.
Sendo assim os autores do Novo Testamento realmente só tinham condição de interpretar as profecias à luz dos conhecimentos de seus dias, o que atualmente tem causado muita dificuldade para os teólogos que, baseados na herança deixada pela ICAR, procuram aplicar aquelas interpretações aos eventos mundiais em nossos dias.
Fica a seguinte pergunta:
O próprio apóstolo Paulo responde ao elogiar em At 17:11 a atitude dos cristãos em Beréia que não somente ouviam mas também examinavam nas Escrituras para confirmar se o que ele ensinava estava ou não de acordo com as mesmas.
Examinemos alguns ensinos do Novo Testamento que não se harmonizam com o que as Escrituras ensinam em relação aos últimos dias:
Embora o apóstolo Paulo interprete em I Co 15:20 a Festa das Primícias como sendo alusiva à ressurreição de Jesus, estudos recente apresentam a Festa das Primícias como se aplicando ao resgate do povo de Israel conforme estudo "Páscoa - Dia de Consagração e Juízo".
Em Gl 3:16, o apóstolo Paulo interpretou o texto de Gn 12:7 como se aplicando a Jesus utilizando-se de uma prática de seus dias onde um coletivo poderia ser aplicado a um indivíduo.
No livro de Hebreus cujo autor até hoje é questionado pelos teólogos (embora alguns queiram atribuí-lo a Paulo), encontramos alguns ensinos que não corresponde ao que encontramos nas Escrituras Sagradas; vejamos:
No caso do livro de hebreus, será que devido a herança legada pela ICAR ao cristianismo somos obrigados a cegamente concordar com o que se encontra em um livro considerado inspirado, cujo autor é desconhecido e contendo ensinos que não se harmonizam com as Escrituras ?
Levando-se em consideração o que foi dito ao profeta Daniel conforme relatado em Dn 12:9 e 10, creio que as interpretações de profecias relativa aos últimos dias que foram apresentadas pelos apóstolos, refletem o conhecimento dos mesmos em seus dias. Portanto, com os estudos atuais, poderão ser questionada ou mesmo rejeitada sem nenhum desmerecimento aos mesmos pois entendemos que eles foram sinceros e honestos na apresentação de seus ensinos assim como nós somos ao apresentar os nossos, sabendo que no futuro, com o aumento do conhecimento bíblico, o que estamos ensinando hoje, também poderá ser ou não questionado amanhã.
שָׁלוֹם
Shalom !
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